sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Papel dos pais na educação dos filhos


Revista Veja




Estudo ressalta a importância da influência paterna na formação dos filhos


Aida Veiga

C
horou, chama a ma-mãe. Machucou-se, vem a mamãe. Vai mal na escola, convoca a mamãe. Está deprimido, mamãe percebe. Envolveu-se com drogas, mamãe não dorme. E o papai? Papai também se preocupa, claro, mas nem de longe com o mesmo empenho. Neste mundo de mulheres que conquistaram o direito ao emprego fora de casa e ao respeito masculino, continua hábito disseminado, ainda que não falado e muito menos admitido, transferir filho, com armas e bagagem, para a responsabilidade única da mãe – como se pai fosse uma figura meio descartável na formação da criança. Não é, e sua falta rende problemas para a vida inteira. 






Villar: escritório em casa para passar mais tempo com o filho, Rafael





Nos Estados Unidos, uma pesquisa recente do National Center on Addiction and Substance Abuse, o Casa, descobriu que o perigo do envolvimento com drogas é 30% maior em crianças criadas apenas pela mãe. Pior: nas famílias convencionais em que filhos não têm bom relacionamento com o pai, o risco sobe para 68%. Outros estudos indicam que filhos sem pai têm três vezes mais possibilidades de ir mal na escola, precisar de tratamento psicológico e cometer suicídio. No Brasil, pesquisa do Datafolha mostrou que 70% dos menores infratores internados na Febem não vivem com o pai. "Não estamos fazendo apologia do casamento, mas, quando decide ter um filho, o homem precisa estar consciende de que este, sim, é um compromisso indissolúvel", diz Joseph Califano, professor da Universidade Columbia e responsável pela pesquisa do Casa. "Muita gente acha que a mãe pode cuidar sozinha dos filhos, mas os números mostram que não é assim. Ela não consegue ser mãe e pai ao mesmo tempo", alerta.


Não é que os pais de hoje não saibam que pai faz falta. Eles sabem, pois ninguém, nem o mais alienado dos progenitores, escapa da torrente de palestras, debates e livros sobre o assunto. Aliás, um lembrete: os filhos também têm acesso a essas informações e se sentem por isso mesmo ainda mais privados da companhia paterna. "A noção que o homem tinha do que é ser um bom pai mudou muito nos últimos vinte anos", afirma David Popenoe, sociólogo da Rutgers University, autor do elogiado livro Life without Father (Vida sem o Pai). "Ele pode acertar ou errar na educação, mas com certeza passa mais tempo com o filho do que seu pai passou com ele." O problema é que, ao primeiro canto da sereia – trabalho acumulado, viagens, reuniões, pôquer com a turma – , lá vai papai se distanciando do filho. Também não parece ser solução o esforço homérico para acompanhar a gestação, estar presente ao parto (meu Deus, quanto sangue!), aprender a trocar fraldas e ir às reuniões da escolinha. Como sabe a maioria das mães, esse tipo de dedicação dura, no máximo, até os primeiros anos escolares. 

Do primogênito. "Ser paizão está na moda", atesta o psiquiatra paulista Içami Tiba, especializado em crianças e adolescentes. "Faz parte da imagem do sujeito bem-sucedido trocar uma fralda e ir ao parquinho. Mas, quando o filho cresce um pouco, o pai desaparece para não ter aborrecimentos." Isso não resolve, claro.
Ricardo Benichio
Moraes, entre Alice e Rita:
amigos demais na hora
de impor limites

Brincar junto – Em geral, nesses casos o raciocínio paterno por trás da retirada estratégica é: a mãe é dedicada, cuida muito bem dele, e eu preciso trabalhar para garantir o presunto da casa. Muito meritório, mas insuficiente. Pai, como fica amplamente demonstrado no estudo do Casa, é fundamental na vida da filha e, principalmente, do filho. Por quê? Pela mais antiga das razões: "É ele quem coloca limites e serve de exemplo", afirma Yves De La Taille, professor do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, USP. Ou seja, pai que é pai tem de saber dizer o que é certo e o que é errado e pelo menos tentar pôr o filho na direção certa. Isso pode ser uma chateação para os dois tipos mais comuns de papai moderno: o que quer distância dos problemas e o que sonha em ser o amigão do pimpolho. 

No entanto, é fundamental. "Não adianta ficar só dando conselho, ser amigo. Tem de dizer até onde o filho pode ir", explica De La Taille. Definir limites é função muitas vezes antipática, ainda mais levando em conta que o pai dispõe de pouco tempo para os filhos e, em nome do bom relacionamento, não quer gastar aqueles momentos dizendo não. Mas, como a prática demonstra, não tem por onde escapar, e quem escapou se arrepende. O produtor de TV paulista Ninho Moraes, 42 anos, pai de Rita, 19, e Alice, 16, divorciou-se logo depois do nascimento da mais nova e desde então procura, como ele diz, "fazer da paternidade uma profissão de fé". Raros foram os dias em todos estes anos em que não esteve com elas, nem que fosse apenas no trajeto casa– escola.

 "Viramos grandes amigos", diz. "Mas houve um excesso de liberdade, e elas viraram adultas muito cedo, tomando decisões sem o meu aval." É o tipo de conseqüência que o arquiteto paulistano Jacques Dolski, 43 anos, pisa em ovos para não vivenciar. Separado da mulher, ele cuida há seis meses dos filhos Gabriel, 13, e Alexandre, 10. A decisão de morar com ele partiu dos meninos, depois de ficarem dois anos com a mãe nos Estados Unidos. "Era tudo o que eu queria. Mas não está sendo fácil", admite Dolski. "Não dá para ser romântico e deixá-los fazer tudo só porque preferiram viver comigo."
Ricardo Benichio
Dolski: depois da separação, 
os filhos decidiram morar
com ele

Fica, portanto, o alerta: o paizão que permite tudo não está cumprindo a contento seu papel. O pai-fera, que não permite nada, tampouco. Mas ambos ainda somam mais pontos a seu favor do que o pai que se ausenta, na doce ilusão de que um dia, quando ele e o filho falarem a mesma língua, as coisas vão se ajeitar. 

"Quem espera pela adolescência para envolver-se com o filho descobrirá que pode ser tarde demais", explica o psiquiatra Francisco Assumpção Jr. Primeiro porque, como se sabe, adolescente é um ser arredio que em geral não quer saber de papo nem com pai nem com mãe. Além disso, as brincadeiras de infância típicas de pai-filho, como jogar bola ou se arriscar na roda-gigante, ajudam a criança a aperfeiçoar sua habilidade de se envolver com os outros, lidar com frustrações e resolver problemas. "Por meio de um relacionamento caloroso e brincalhão, o pai ensina o filho a ter controle emocional e infunde um sentimento de segurança e bem-estar que vai torná-lo mais autoconfiante", argumenta o psicólogo William Pollack, da Universidade Harvard, em seu livro Meninos de Verdade, sobre os efeitos da paternidade, que acaba de ser lançado no Brasil.

 "Os pais mais eficientes são os que simplesmente acompanham os filhos numa atividade." Adepto fervoroso desse princípio, o empresário de Brasília José Roberto Cunha Silva sempre que pode passa fins de semana e feriados grudado nos filhos, José Roberto Filho, 14, Alexandre, 13, e Júlio, 3 (veja quadro). "Fica mais fácil ser ouvido estando perto deles", afirma.
Ricardo Benichio
Klink, com as gêmeas:
"Quando voltei, não me
largaram dois dias seguidos"

"Não largavam meu braço" 
– 
Agora, se o dia de trabalho é invariavelmente longo e acaba engolindo o fim de semana também, apele para uma saída iconoclasta: leve trabalho para casa. Isso mesmo – abolete-se no escritório caseiro com a papelada e disposição para uma ou outra interrupção. "Pelo menos, é um tempo em que estou lá, disponível e presente, criando um vínculo", diz o ocupadíssimo engenheiro carioca Renato Argento, 45 anos, pai de Renata, 17, e Júlio, 15. O empresário curitibano José Cláudio Villar foi além e, há quatro meses, transferiu seu escritório para casa. Diz não se incomodar com as interrupções que volta e meia Rafael, 9, e Larissa, 4, o obrigam a fazer. "Sei a falta que um pai faz", conta. "O meu era piloto e vivia viajando. 


Não queria repetir a mesma história." Já o navegador Amyr Klink conhece a ladainha dos deveres do pai de cor e salteado, mas até hoje não encontrou jeito de encaixá-la em sua vida. Klink partiu para uma inédita circunavegação da Antártica quando suas gêmeas, Laura e Tamara, tinham 19 meses. 

Ao voltar, elas tinham 2 anos e conheciam papai de fotografia. "Estavam tão nervosas, com medo de que eu sumisse novamente, que não largaram meu braço por dois dias seguidos", comenta. "Iam junto comigo até ao banheiro." Há oito meses em casa, deu para estreitar um pouquinho o vínculo e providenciar mais um bebê, outra menina, que nasce até o fim do ano. É bom que não atrase, porque papai já tem outra viagem marcada, de quatro meses. "Pelo menos tento compensar brincando com elas todo o tempo livre, quando não estou no mar."
Com reportagem de Daniella Camargos, de Belo Horizonte,
e
 Juliana Reis, de Curitiba

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Preservação da cultura Indígena


Manchineri


Importância e Valor do Índio - Preservar e Resgatar

Antes de tudo, eles são os verdadeiros brasileiros. Estavam aqui muito antes da chegada dos Europeus. Segundo registro da Funai – texto: “A Origem dos Povos Americanos”:
No Brasil, a presença humana está documentada no período situado entre 11 e 12 mil anos atrás. Mas novas evidências têm sido encontradas na Bahia e no Piauí que comprovariam ser mais antiga esta ocupação, com o que muitos arqueólogos não concordam. Assim, há uma tendência cada vez maior de os pesquisadores reverem essas datas, já que pesquisas recentes vêm indicando datações muito mais antigas. (FUNAI)

Desde a chegada dos estrangeiros as terras do continente Sul Americano, ou seja, os conquistadores, os nativos brasileiros vêm sofrendo massacres, escravidão, repressão e discriminação. Seus direitos pela terra que habitavam foi tomado a forças e armas. Invadiram sua casa, roubaram o que tinham, mataram. Esta casa que hoje se chama Brasil já era habitada e tinha donos. O medo e a falta de opção fizeram com que adentrassem cada vez mais o continente, dificultando as investidas dos europeus.

Mesmo com tantas adversidades os povos Ameríndios ainda tentam guardar seus conhecimentos, suas tradições, seus costumes, o verdadeiro espírito do homem nativo. No Brasil encontramos uma das maiores diversidades étnicas já encontradas, e aqui está um valor cultural que não pode morrer.

Após o contato com o homem branco, os indígenas sofreram certas modificações em sua estrutura tradicional, que dificultou o processo normal de manter a cultura. O desconhecimento acerca desses povos fortificou o sentimento de discriminação, ou seja, fez com que a atenção não fosse voltada para o que estava sendo perdido.

A socialização destes povos gerou a necessidade de integrá-los aos sistemas sociais, econômicos e políticos. Por sua vez, não é o molde ocidental de integração que resultará numa boa inter-relação entre esses dois mundos. A integração deve ser em aspectos diferenciados, deve-se respeitar suas tradições, onde um posicionamento mantenha suas especificidades culturais face às exigências do desenvolvimento.

Segundo o IEPÉ – Instituto de Pesquisa e Formação em Educação Indígena, na publicação – “Patrimônio Cultural Imaterial e Povos Indígenas” – (2006, pg. 58),
É por este motivo que se costuma afirmar que os povos indígenas lutam “a favor” e “contra” o desenvolvimento. A favor, quando reivindicam acesso aos serviços básicos de educação e saúde. Contra, quando reivindicam garantias territoriais e procuram explicitar e defender suas diferenças culturais. Mas é também internamente a suas comunidades que ocorrem tensões decorrentes da discriminação a que são submetidos.

Hoje já existem modelos que preservam as ligações culturais, os modos de ensino, na questão da educação, por exemplo, estão sendo moldados de acordo com ações que valorizam os saberes e as práticas tradicionais dos povos. Devendo assim, criar um espaço de interação, resgate e apoio entre as culturas.

A preservação destas culturas são a única fonte de continuidade que se pode ter, pois muito de suas bases já foram perdidas ao longo do tempo. Permitir com que essa diversidade cultural permaneça trará benefícios a todos nós. De acordo com o IEPÉ (2006, pág. 72),
A salvaguarda das tradições orais indígenas, assim como das práticas que lhes são associadas, é um campo novo para as políticas públicas, especialmente no Brasil. Em algumas comunidades indígenas, estão sendo testadas estratégias que programas supranacionais e órgãos nacionais procuram aprimorar com a colaboração de universidades e de organização não governamentais, formando um painel ainda frágil de experimentos muito diversos e, às vezes, contraditórios.

Assim, é notório que precisamos fortificar os laços de preservação. Não podemos simplesmente adotar medidas e procedimentos de conservação iguais para o material e o imaterial. Cuja imaterialidade está em conhecimentos e manifestações culturais, onde o valor reside justamente na capacidade de transformar os saberes e os modos de fazer.

A UNESCO define como a melhor maneira a “salvaguarda”, que consiste em assegurar a viabilidade e a durabilidade do patrimônio cultural imaterial, incluindo sua identificação, documentação, investigação, preservação, além de sua proteção, promoção, valorização, transmissão - e que se dê através do ensino formal e não formal – e a revitalização deste patrimônio em seus diferentes aspectos.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Então, o que exatamente a internet fazendo com nossos cérebros?


10 coisas que a internet está mudando no seu cérebro


Você sabe qual o efeito da internet no nosso cérebro? Na era digital, a tecnologia está modificando alguns hábitos dos seres humanos



Crédito: Shutterstock.com



tecnologia modifica cada vez mais o nosso cotidiano. Seja na maneira de estudar ou na forma de aprender, tudo que está conectado com a internet faz parte da nossa rotina. Porém, alguns cientistas da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, começaram a notar que a internet não tem servido apenas para satisfazer as curiosidades dos nossos cérebros, mas também reestruturá-los. Então, o que exatamente a internet fazendo com nossos cérebros? Confira as 10 mudanças que a internet está fazendo com o seu cérebro:


 1. Memória

A internet representa o nosso disco rígido externo. Ela agora faz o papel da memória; nós não temos mais que lembrar números de telefone ou endereços. Precisamos apenas pegar as informações no nosso e-mail ou procurar no Google.


 2. Aprendizagem

Com a internet, as crianças estão aprendendo de forma diferente. Você se lembra de todas as suas aulas de história que exigiam a memorização de datas, nomes e pequenos detalhes? As crianças não fazem mais isso. Com as bibliotecas online a memorização já não é uma parte necessária na educação. Oseducadores estão começando a entender que a informação está chegando cada vez mais rápido, e a memorização de certos fatos desperdiça o poder do cérebro de manter informações mais importantes.


3. Atenção

Alguma vez você já atualizou seu Facebook enquanto ouvia música e mandava mensagens de texto? Se isso acontece com frequência você já experimentou o fenômeno da atenção parcial e o seu impacto sobre o cérebro. O que ainda não se descobriu sobre a atenção parcial é se ela não passa de uma distração ou uma adaptação do cérebro para o fluxo constante de estímulos.


 4. Pesquisas

As pessoas estão ficando cada vez melhores na busca de informações. Embora não possamos lembrar de tudo, estamos melhorando a capacidade de encontrar as informações que precisamos. Isso acontece porque os recursos intelectuais usados para reter fatos e informações já está se adaptando às novas tecnologias e se tornando altamente qualificado em lembrar onde se pode encontrar as coisas.


 5. Aumento do Q.I

Na era da tecnologia, jogosvídeos e redes sociais o grande questionamento dos pesquisadores é: as novas tecnologias estão deixando os nossos cérebros mais esquecidos? Pelo contrário, depois do surgimento de novas tecnologias como TwitterFacebook e Google, estamos ficando mais espertos e adquirindo novas habilidades. O QI está aumentando ao longo do tempo.


 6. Concentração

Com a quantidade de informações em pouco tempo, a nossa concentração está sofrendo. Está cada vez mais difícil fazer uma leitura profunda sem usar a internet ou mexer no celular. Nosso tempo online é tão grande que quando paramos para fazer uma leitura mais complexa o cérebro se desinteressa e não se concentra na atividade.


 7. Relevância

Com tanta informação disponível na internet, os cérebros já estão se adaptando a seleção de conteúdo por relevância. Cabe aos leitores e consumidores de informações determinar o que é relevante e confiável. Com a prática os cérebros estão ficando cada vez melhores nessa tarefa.


 8. Vício

O ser humano está cada vez mais fisicamente viciado em tecnologia. Mesmo depois de desligar, muitos usuários da internet sentem desejo pela a estimulação recebida dos gadgets. E a necessidade de estar conectado é crescente.


 9. Distração

Em vez de se concentrar em tarefas importantes ou pesquisar informações para uma boa utilização, o cérebro está distraído com e-mails, redes sociais, e outras tentações da internet.


10. Pensamento criativo

Alguns especialistas acreditam que a memorização é fundamental para a criatividade, só que com a perda da memória o pensamento criativo fica comprometido. Embora a criatividade tenha aumentado com o uso da tecnologia, o pensamento criativo deve ser feito de novas e diferentes maneiras.

fonte: Universia

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Como mudar os nossos padrões repetitivos e negativos


MUDAR DE VIDA, HOJE MESMO

  Muitos dos nossos problemas residem em hábitos estabelecidos e dos quais não temos geralmente consciência. Eles dão origem a comportamentos, atitudes e escolhas que repetimos rotineiramente. Chamam-se padrões.

  Alguns desses padrões são positivos mas muitos outros impedem-nos de usufruir de uma vida melhor. Quando cometemos repetidamente certos erros devido aos tais padrões inconscientes isso significa que, bem lá no fundo, nós acreditamos que, insistindo nos mesmos, conseguiremos algum dia atingir os nossos fins. E nós insistimos porque sofremos daquilo que Freud chamou de "compulsão de repetição", a qual chega a ser, segundo ele,"mais forte que a vontade de viver e mais forte que o medo de morrer".

  E então surge a decepção quando verificamos que os nossos padrões de comportamento inconscientes não nos levam onde queremos. Na verdade, nós tornamo-nos escravos desses padrões porque eles são motivados pela esperança otimista de que algum dia resultarão.

  Você não imagina quantas pessoas talentosas e cheias de potencialidades ficam longe de realizar os seus sonhos por causa desses resultados sistematicamente improdutivos. Muitas pessoas queixam-se da má sorte ou do mundo cruel que não as impedem de ter sucesso na vida (pessoal, profissional, etc.).
  Ora a verdade é que é vulgar verificarmos que o problema está na própria pessoa que está a cometer os mesmos erros sistematicamente. É como estar 2 ou 3 anos a responder a anúncios para arranjar um novo emprego. Está bem de ver que 2 ou 3 anos a responder a anúncios são mais que suficientes para concluirmos que esse não é o caminho. Este é um bom exemplo de um padrão e de como insistimos nele esperançosamente. E, entretanto, o tempo passa e as coisas provavelmente pioram.

  Ora, frequentemente, uma qualquer mudança na nossa vida (como arranjar um emprego) só é possível quando quebramos alguns dos nossos padrões de comportamento. O segredo está em aproveitarmos a energia que os anima. Temos de repensar, de fazer uma auto-psicanálise para descobrirmos onde estamos a errar ou onde está o obstáculo que nos impede de seguir para uma nova etapa com sucesso.

  Em conclusão: nós precisamos deixar  de seguir determinados padrões e adquirir hábitos saudáveis para termos uma vida bem sucedida. Mas quando cometemos certos erros com alguma frequencia ou nos sentimos infelizes com a nossa vida talvez precisemos de mudar alguns padrões. O psicanalista Dr Farrell Silverberg, de Filadélfia (Estados Unidos) criou uma fórmula que nos pode ajudar a quebrar os tais padrões improdutivos.
Diz ele que o processo é:

1º -Descobrirmos os padrões que nos conduzem a erros ou insucessos que se repetem com alguma insistência.

2º -Analisá-los e compreender como se formaram e funcionam.

3º -Fase da mudança: quebrar os padrões que nos impedem de avançar e adotar outros mais produtivos.

4º -Mexermos no nosso estilo de vida para defendermo-nos de cair nos padrões de comportamento anteriores.

  Será preciso alguma coragem para mudarmos os nossos padrões? Talvez. Mas o mais importante é querer mudar e passarmos à ação. Sem adiar para amanhã (adiar para amanhã é um padrão de comportamento que afeta muita gente).
Nelson S Lima Prof. de Neurociências e Inteligência Multifocal - Universidade Unifuturo, Paraíba (Brasil)

quinta-feira, 26 de julho de 2012

OS AVÓS E OS NETOS: UM ENCONTRO ENRIQUECEDOR


A importância do convívio dos netos com seus avós.


O nascimento de um bebê transforma completamente o dia-a-dia de um lar. Aos compromissos e responsabilidades já existentes, somam-se outras muito distintas: a de educar ao pequeno da casa, e acompanhar seu desenvolvimento e crescimento. Os prazeres de ter um bebê são muitos, mas não se pode ignorar que o trabalho aumenta.
 Em muitas famílias, conciliar trabalho, casa e filhos, é uma tarefa que requer muita habilidade e, em muitos casos, alguns sacrifícios. A chegada de um bebê não só altera a vida dos pais, mas também a de muitos avós. Poder contar com eles é um recurso muito valioso.
Avós e netos
A presença dos avós é um consolo e um descanso para muitas famílias. As mudanças que provocam o nascimento do bebê os afetam menos que aos pais, e suas obrigações estão em um plano secundário, dependentes da autoridade dos pais do bebê, e da disponibilidade que tenham para compartilhar os cuidados, o afeto e o tempo do bebê com seus consogros.

Relação dos avós com seus netos


Os avós podem proporcionar uma assistência prática, apoio, e uma cadeia de conselhos úteis para cuidar do bebê. O encontro dos avós com seus netos é sempre muito enriquecedor para ambos os lados. Para muitas crianças é encantador estar com seus avós por diferentes e variadas razões.  Alguns porque ao lado dos avós não existem ordens nem obrigações. Outros porque podem fazer coisas diferentes com eles, como preparar biscoitos juntos, comer doces, fazer passeios, ir ao parque, e realizar uma infinidade de atividades que fazem com que eles se sintam mais livres. Alguns netos vêem a seus avós como um amigo, uma espécie de guia, como divertidos, carinhosos, mimosos e que gostam de estar com eles. Mas, claro, tudo depende da forma de ser dos avós. Há também os que apenas envelhecem e continuam tratando aos mais pequenos de uma maneira muito autoritária e muito exigente.
Mas, em geral, os avós sentem muito prazer com seus netos. Estar com eles é também uma forma de renovar-se pessoalmente. É ter mais participação na família e sentir-se mais jovens e atualizados. Aprende-se muito com as crianças.

Relação dos avós com os pais de seus netos


Nem sempre se pode dizer que a relação dos avós com os pais de seus netos seja a melhor possível. Infelizmente, podem existir conflitos quanto ao tipo de educação que é aplicada à criança. As gerações são distintas, e diferentes também são os critérios de educação. Os mais jovens não podem mudar as razões dos mais velhos. Os avós não estão mais para educar. Já educaram, bem ou mal, aos seus filhos.
Os avós estão para dar carinho, dar a mão de vez em quando e passar um bom tempo com seus netos. Se os avós vão estar com os netos, o ideal é que haja um acordo entre as partes, para o bem da criança e de todos. Para isso, é necessário que entre os pais e os avós exista uma relação tranquila, específica e verdadeira, livre de ciúmes, em que reine o respeito às exigências e aos hábitos do outro.

http://br.guiainfantil.com/avos/60-os-avos-e-as-criancas-um-encontro-enriquecedor.html

quarta-feira, 25 de julho de 2012

São Paulo: capital do grafite


São Paulo: capital do grafite


Nos anos 1980, alguns artistas começaram a usar o espaço público para democratizar a arte, e os muros da cidade foram se enchendo de belos grafismos e desenhos. Hoje não é exagero dizer que a capital paulista nos reserva uma surpresa a cada esquina. E o melhor: os fãs dessa estética já encontram também produtos para a casa

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Lucila Vigneron Villaça
Casa Claudia - 06/2012

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Beco do Batman: uma ruazinha sinuosa, que já foi bastante degradada, atualmente exibe desenhos que são renovados constantemente


NO FIM DA DITADURA, O GRAFITE FOI UM GRITO DE LIBERDADE 

Não se espante se você sair pelas ruas de São Paulo num domingo e se deparar com algum grafiteiro pintando muros e paredes dos bairros. Esse é o dia da semana em que a maioria deles escolhe para fazer o que mais gosta: ficar ao ar livre, imprimindo desenhos em espaços públicos. "Eu faço arte para ser feliz, e o que mais me atrai no grafite é a capacidade de criar diálogos com a cidade", conta o grafiteiro Rui Amaral, um dos precursores dessa arte urbana. Sua geração ocupou as ruas com desenhos no início da década de 1980, quando o país ainda amargava a ditadura. "A repressão política fez com que as pessoas se fechassem nas casas. Tomar a rua era um jeito de quebrar o paradigma repressivo", diz o artista Jaime Prades, ex-integrante do grupo Tupinãodá, que ganhou fama nos muros da Vila Madalena no final dos anos 1980.

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Criações de vários artistas enfeitam os muros imensos que margeiam a Radial Leste. Em destaque, desenho de Nina Pandolfo




ARTE DE RUA ESTÁ LÁ PARA QUEM QUISER VER 

Esse bairro da Zona Oeste, aliás, concentra até hoje grafites variados. Basta passar por lá para apreciar os desenhos. A proximidade faz com que o grafite ganhe a simpatia da população, já que as obras das galerias ainda são vistas como algo inacessível. "Com a arte de rua, todo mundo pode entrar em contato", afirma o grafiteiro Thiago Toes, que desde 2009 enveredou também para as telas, incentivado por Nina Pandolfo - criadora das meninas de olhos grandes que estampam muitos muros de São Paulo e mulher de Otávio, da dupla osgemeos. Os irmãos, hoje famosos internacionalmente, foram os principais responsáveis pela projeção do grafite na década de 1990, quando surgiram convites para que mostrassem seu trabalho em diferentes países.

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A região do Brás, no centro cidade, é povoada pelos gatos da artista conhecida por Minhau. Divertidos e cheios de cor, os desenhos alegram ruas e viadutos cinzentos



AS MULHERES TAMBÉM INVADIRAM OS MUROS 

"A globalização foi determinante para a explosão da arte de rua: com a internet, os artistas puderam se atualizar e trocar informações com o mundo. Além disso, a arte ficou ainda mais disponível para o público, o que fez cair a resistência e o preconceito", conta Baixo Ribeiro, dono da Galeria Choque Cultural, que representa diversos artistas do meio. O acesso mais democrático deu chance também às mulheres. Entre elas, está a paulista Minhau, 35 anos. O codinome nasceu dos desenhos de gatos grandes e coloridos, que são sua marca registrada. Estampados na região central, eles encantam quem passa. "Arrancar sorrisos de crianças e idosos na rua é uma experiência viciante. Graças ao grafite, eu me relaciono com pessoas de todos os níveis sociais", diz.

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O painel na av. Henrique Schaumann, em Pinheiro, reproduz cena da São Paulo antiga. Quem assina é o grafiteiro Kobra



DEMOCRATIZAÇÃO DA ARTE TRANSFORMA VIDAS 

"O grafite ajuda também a elevar a autoestima das pessoas", diz o artista conhecido por Birigui, que cresceu na Vila Madalena e ainda criança se sentiu atraído pelos desenhos nos muros. O envolvimento foi natural e acabou transformando o grafite em modo de vida, com a pintura de painéis e portas de aço sob encomenda. E a convivência com artistas de rua e do hip-hop o fez perceber que a arte poderia servir como um meio de inclusão das populações mais carentes "Virei professor numa ONG há dez anos e, desde então, percebi como as pessoas se sentem valorizadas ao entrar em contato com a arte. Gosto de ver como vão construindo seu aprendizado e se desenvolvendo. Isso só é possível porque o grafite é acessível, democrático", diz.

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O túnel de acesso à av. Paulista foi grafitado pela primeira vez em 1987 - e três vezes apagado. Desde 2001, renova-se periodicamente



HÁ UM ANO, O GRAFITE DEIXOU DE SER CRIME 

O assunto gera polêmica: o grafite e a pichação em edifícios públicos eram considerados crimes ambientais e de vandalismo pela legislação brasileira. Em maio do ano passado, somente o grafite foi descriminalizado. Afinal, pichar e grafitar é a mesma coisa? "As pichações, que são rabiscos e letras feitos para demarcar território ou ir contra as instituições, têm seu valor antropológico. Já o grafite é uma forma de arte e envolve conceito e pesquisa", explica Baixo Ribeiro. "Os dois têm a mesma essência: são meios de protesto ou de diversão, na falta de opções de lazer", diz Rui Amaral, que assina o emblemático túnel da avenida Paulista. Aos 51 anos, ele continua ativo: "Não gosto de ficar pintando telas no ateliê. Meu grande barato é mesmo a rua".

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"Prefiro trabalhos grandes ao ar livre. Faço muitos murais sob encomenda", conta Rui Amaral, que está finalizando este pássaro num condomínio da r. Francisco Leitão, em Pinheiros, a convite da família que administra o imóve
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terça-feira, 24 de julho de 2012

Aprenda a fazer comida divertida para as crianças




Aprenda a fazer comida divertida para as crianças
Veja dicas e ideias para tornar as refeições das crianças mais alegres, sem deixar de lado alimentos saudáveis

Danielle Nordi, iG São Paulo
Quem nunca passou por momentos de nervosismo tentando fazer uma criança comer brócolis, espinafre ou uma fruta diferente, por exemplo? Se você já tentou distrair, cantar, andar pela casa ou imitar um avião com a colher em punho para que a criança comesse mais um pouco, saiba que a situação é bastante comum.
Longe de se render aos caprichos dos filhos, alguns pais conseguiram virar o jogo e as refeições deixaram de ser momentos de tensão. A fórmula mágica? Criatividade e um pouco de habilidade manual. Pelo menos é isso o que pensa a chef de cozinha Luana Budel  especializada em alimentos funcionais.
“Vale enganar um pouco a criança para que ela receba os nutrientes que precisa. Se a comida ficar bem bonita as crianças não ficam tão resistentes a experimentar ou comer legumes e outros alimentos. Também é importante tentar dar comida feita em casa, com alimentos frescos”, afirma a chef.
Arte no prato
Quando percebeu que a filha nem sequer tocava o lanche enviado todos os dias na lancheira da escola, a indiana Smita Srivastava, criadora do blog “Little Food Junction” decidiu tornar os alimentos mais interessantes. “Depois que comecei a fazer as comidas divertidas, minha filha come tudo que eu sirvo. As preparações são muito rápidas e qualquer um pode fazer. Basta ser criativo”, afirma.
O empresário britânico Mark Northeast passou por problema parecido. “O Funky Lunch começou por acaso. Era muito difícil fazer meu filho comer o lanche. Um dia resolvi mandar um lanche em forma de foguete espacial com estrelas de queijo”, conta Mark que resolveu tornar o passatempo um negócio, inclusive com o lançamento do livro “Funky Lunch – Happy Food for Happy Children”. Em seus workshops, ele ensina pais e filhos os primeiros passos para que consigam brincar mais com os alimentos.
“Você tem que escolher um personagem que seu filho goste e então pensar como fazer. Algumas vezes não dá certo. É preciso ter paciência”, afirma Mark.
Para conseguir colocar a ideia no prato vale qualquer alimento. “Eu uso apenas ingredientes simples, de preferência o que tenho na geladeira. Quando termino e sirvo o prato para o meu filho, sempre vejo um grande sorriso. Ele gosta mais ainda quando recebe amigos aqui e eu faço essas comidas divertidas”, conta a criadora do blog “Cute Food for Kids”, Tiffany Yang.
A convite do iG, a chef Luana Budel idealizou e preparou três pratos com comidas divertidas: um sanduíche de palhaço, um arco-íris de frutas e uma panqueca com o Porco Rei do jogo Angry Birds. Veja o passo a passo e transforme a refeição do seu filho em uma verdadeira obra de arte:


Passo a passo: sanduíche de palhaço

Confira como fazer um sanduíche de palhaço para deixar a refeição do seu filho mais alegre
Danielle Nordi, iG São Paulo



1 cenoura, 1 pimentão, 1 tomate, 1 ovo, azeitonas, 4 fatias de pão integral, 2 col. de sopa de creme de ricota, 1 pepino e mussarela.
Rende 2 porções
Ralar uma cenoura.
Cozinhar um ovo – após fervura, deixar cozinhando por 15 minutos
Passar o creme de ricota no pão e acrescentar fatias de tomate e pepino.
Fazer a boca do palhaço no queijo mussarela em forma de meia lua.
Colocar a boca do palhaço bem perto da borda do pão.
Cortar duas rodelas de ovo para os olhos.
Colocar os olhos logo acima da boca.
Colocar dois punhados de cenoura ralada ao lado do pão.
Cortar um círculo pequeno no pimentão vermelho.
Fazer a boca com a faca em forma de meia lua no pimentão vermelho.
Cortar duas rodelas de azeitonas pretas sem caroço.
Colocar o nariz, olhos e boca no lanche.
Fazer o chapéu do palhaço com a faca retirando as laterais de uma fatia grossa de pepino.
Retire uma pequena tira de pimentão vermelho para completar o chapéu do palhaço.