sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Como não ser enganado nas eleições


Como não ser enganado nas eleições
Precisamos aprender com urgência


Capa-do-livro-Como-nao-ser-enganado-nas-eleicoes


“Ao votar, a primeira recomendação é ter calma. Eleição é assunto sério, o voto é um ato de cidadania importante e precisa ser muito bem pensado, analisado. Além do mais, votar não é apenas escolher um candidato, colocar o voto na urna e pronto, acabou. Quando você vota, escolhe alguém que, se eleito, deverá representar todos os seus eleitores”. (Herbert de Souza, o Betinho, no prefácio do livro “Como não ser enganado nas eleições).

Há certas histórias relacionadas aos períodos eleitorais no Brasil que parecem apenas parte do anedotário nacional. Casos como aqueles dos eleitores que trocavam botas por seus votos e que recebiam um dos pés desse calçado antes do voto e o outro depois de consumada a sua escolha (em prol do candidato que o havia corrompido), são muito mais do que simples piadas, são questões muito sérias, que merecem um cuidadoso exame e criteriosas formas de educar os eleitores para evitar que isso volte a acontecer.

O jornalista Gilberto Dimenstein teve a felicidade de pensar a respeito do tema e, há alguns anos atrás, reuniu algumas personalidades de destaque da área cultural para produzir um precioso livro destinado a estudantes. O título desse livro não podia ser mais direto e objetivo, trata-se da obra “Como não ser enganado nas eleições”, publicado pela Editora Ática, com o apoio do grupo Folha Educação e da Associação de Escolas Particulares.

Entre os colaboradores dessa publicação estão jornalistas e articulistas como Carlos Heitor Cony, Elio Gaspari e Boris Casoy, os sociólogos Bolívar Lamounier e Herbert de Souza (o Betinho, já falecido) ou ainda o publicitário Washington Olivetto, entre outros. Pelos nomes e pela repercussão dos trabalhos e obras de cada um deles (inclusive do próprio Dimenstein), dá para ter uma idéia da seriedade desse trabalho.

Desenho-em-preto-e-branco-de-homem-se-fingindo-de-super-heroi-dizendo-minha-gente

“Você sabe que um candidato é mentiroso e tenta enganá-lo quando:- 1- Tem soluções para todos os problemas e, pior, tentar provar que há recursos e que é possível resolvê-los todos se for eleito; 2- Diz que vai realizar mais obras e prestar mais serviços (aumentar mais as despesas) e, ao mesmo tempo, afirma que vai reduzir os impostos, ou mesmo que não vai aumentá-los; 3- Gasta mais tempo em criticar os adversários e as propostas deles do que na defesa de suas próprias idéias”. (Ronald Kuntz, especialista em Marketing Político, em artigo constante do livro “Como não ser enganado nas eleições”; seu artigo tem 16 orientações sobre políticos mentirosos e informações importantes para o eleitor entender e analisar imagens e atitudes desses mesmos políticos).

Isso é inclusive muito importante para que tenhamos sempre em mente que eleição é assunto muito sério e que exige responsabilidade da parte de cada eleitor ao depositar seu voto na urna (ou, atualizando, ao clicar referendando o nome de um candidato ou de uma legenda política nas modernas urnas eletrônicas).
Outro dado muito importante refere-se ao fato do livro ter sido editado em 1994, portanto há dez anos atrás e, apesar dos avanços percebidos na área, continuar sendo um documento atualizado, que se presta a informar os novos eleitores dos meandros e desvios existentes na política brasileira.

Histórias como aquela contada no início desse artigo, em que nos referíamos a uma prática relacionada à República Velha, no tempo em que os Barões do Café controlavam o país, dentro do ciclo do Café com Leite, continuam ocorrendo. O pior de tudo é constatar que não são casos isolados e não se restringem apenas a pequenos municípios, de regiões isoladas, onde os índices de analfabetismo são altos. Também não estão limitados a bairros periféricos das grandes cidades, onde o desemprego e os baixos salários poderiam contribuir para que os eleitores se sentissem compelidos a barganhar o seu voto em troca de favores materiais.

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“Uma velha máxima diz que, na publicidade, não existe verdade: existe a imagem, a impressão da verdade, que pode muito bem ser uma mentira. Em outras palavras ‘não é o que você diz, é o que o outro entende’. Não é à toa que a política, área em que a verdade nunca foi prioritária, casou tão bem com a publicidade”. (Nelson Sá, jornalista e crítico de televisão, autor do texto “A Mentira e a Televisão”, constante do livro “Como não ser enganado nas eleições”).

Quantos de nós não sabemos de histórias de candidatos ou eleitores que se dispuseram a barganhar votos? Cestas básicas, material de construção, jogos de camisas para times de futebol, bolas, material escolar, remédios, cadeiras de rodas e até dentaduras fazem parte do que é oferecido e, infelizmente, aceito em períodos eleitorais.
Esses eleitores parecem não saber que o que lhes foi dado lhes será tirado posteriormente na forma de propinas, suborno, corrupção. Os custos desses benefícios são repostos para as contas desses políticos a partir do desvio das verbas do erário público ou ainda da contratação irregular de empresas para prestar serviços ou realizar obras no município, com a devida compensação desses “servidores” públicos com aumentos nos preços finais cobrados do governo (municipal, estadual ou federal).

E no final das contas, de quem sai esse pagamento adicional? Dos bolsos dos contribuintes... Aqueles mesmos que trocaram seu voto nesses políticos desonestos por telhas, cimento, camisetas, réguas, bolas ou dentaduras...

Há pouco tempo atrás escutei uma história que ilustra muito bem como esses hábitos perniciosos continuam freqüentes na história política brasileira. Segundo consta, um candidato a vereador resolveu se eleger buscando apoio na comunidade religiosa que frequentava  Para tanto precisava do apoio dos líderes dessa igreja na comunidade onde morava e resolveu ir atrás desses religiosos. Ao aborda-los ficou sabendo que poderia ter todo o apoio se viesse a se empenhar na obtenção de material para a construção de um novo templo. Conseguiu esses recursos e se elegeu pela primeira vez.

Desenho-de-dois-politicos-no-palanque-um-apontando-o-outro-com-chifres-e-dentes-afiados

“Se todos nós votássemos com mais razões e menos emoção, procurando ver o que representam e quem são realmente os candidatos, o que eles fizeram e falaram no passado, certamente teríamos um Brasil melhor”. (Boris Casoy, é jornalista e apresentador de telejornal; escreveu o artigo “A arte de enganar” que faz parte do livro “Como não ser enganado nas eleições”).

Numa segunda oportunidade escutou dos pastores que se obtivesse os recursos necessários para o acabamento interno da igreja, os votos estariam novamente garantidos. Deu certo.
Nova eleição e lá foi o tal candidato atrás dos ministros de sua igreja. Dessa vez eles pediram uma Kombi. O candidato, já experimentado na política, deu o automóvel, mas só passou o documento em nome da comunidade depois de eleito... Moral da história? Só trocamos as botas, mas continuamos, literalmente, “pisando na bola”...

Não é apenas de casos de compra de votos que padecemos no Brasil. Ainda há verdadeiros currais eleitorais, onde os modernos “coronéis” definem os votos de seus comandados e cobram fidelidade, caso contrário, como na República Velha, podem ocorrer demissões, surras, mortes...

Mesmo com todas as oportunidades de obtenção de informações, continuamos sendo enganados por políticos populistas, daqueles que vão as ruas na época das eleições, entram em bares para comer pastel e tomar café com leite, abraçam os populares, pegam crianças pequenas no colo, visitam fábricas e falam de seu passado humilde, participam de quermesses e festas para fazer o povo senti-los como parceiros,...

Imagem-de-politico-dizendo-que-e-mais-honesto-que-Jesus-Cristo

“O candidato aparece na televisão e diz: ‘Sou candidato, mas não sou político. Detesto política. Quero seu voto, mas prometo que não vou fazer política’. É um grande mentiroso que, curiosamente, tem por base um pequeno truque de palavras. O que esse tipo de candidato realmente faz é insinuar que existe uma fronteira nítida entre os políticos e os não-políticos. Ou entre os ‘bons’, os que praticam a ‘verdadeira’ política, a política com P maiúsculo, e os outros, a maioria, os maus, os politiqueiros”. (Bolívar Lamounier é um dos sociólogos mais respeitados de nosso país; escreveu o artigo “Uma grande mentira” que faz parte do livro “Como não ser enganado nas eleições”).

E as propostas de governo? E a coerência política (inexistente em um país como o nosso, onde ideologia é palavra de dicionário apenas)? E a fidelidade partidária (dizem que no Brasil os políticos trocam mais de partido do que de roupa)? Por que esses políticos não vão as ruas depois de eleitos? O que faz com que eles deixem de tomar café e comer pão com manteiga assim que acabam as disputas eleitorais? Onde eles se escondem quando precisamos cobrá-los quanto às promessas feitas durante a campanha?

Eleição ainda não é considerada pelo brasileiro como um ato de cidadania, que define não apenas vencedores e vencidos nos pleitos eleitorais, mas o futuro de uma cidade, estado ou mesmo de todo o país. Somos vítimas de nossa desinformação, da péssima distribuição de renda, do analfabetismo, da fome ou das doenças que afetam nossa condição física e emocional. Se não votarmos conscientemente, dificilmente escaparemos desse círculo vicioso que nos lega tantos problemas quanto os mencionados.

Temos que conscientizar as parcelas menos favorecidas da importância do voto. Devemos informar as novas gerações quanto ao compromisso com o futuro percebido num pleito eleitoral. Necessitamos disso pelo futuro do país e de cada um de nós. Realizações como o livro “Como não ser enganado nas eleições” são contribuições importantes para efetivar essa transformação. Cabe a nós professores e formadores de opinião, efetivamente colocar em prática esses e outros ensinamentos.

Obs.: As imagens disponíveis nesse artigo constam do livro “Como não ser enganado nas eleições”. As charges são de autoria do cartunista Glauco e as fotos contam com a participação especialíssima do ator, comentarista e diretor teatral Cacá Rosset.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Vivo instalará dez telefones públicos com acesso à internet

Vivo instalará dez telefones públicos com acesso à internet


Atualmente, há cerca de 52 mil telefones públicos em São Paulo. Embora eles já façam parte da paisagem da cidade, fica a pergunta: “Com a multiplicação dos celulares e smartphones, que função eles terão?” Algumas iniciativas podem indicar uma resposta.

A função “telefone” ainda existe








A empresa de telefonia Vivo vai cuidar da instalação de um protótipo de orelhão com tela de cristal líquido, câmera de 1.2 megapixel e acesso à internet. Com isso será possível realizar videochamadas, enviar mensagens SMS e navegar na rede. O projeto, que ainda conta com sinal de wi-fi, foi desenvolvido pelo CPqD.
A intenção do projeto é transformar o telefone público em uma central multimídia de serviços. Até o final da etapa de desenvolvimento, por exemplo, poderão ser acopladas funções como 3G e leitura de bilhetes únicos e cartões de vale alimentação.
Desde agosto há uma unidade funcionando na sede da Vivo. Até o final de 2012 serão instaladas mais dez em pontos a serem decididos. Por enquanto, os aparelhos não estão em fase de produção.
Segundo dados da IDC, mais de 27 milhões de aparelhos celulares foram vendidos no Brasil no primeiro semestre de 2012. Desses, 25% eram smartphones. Isso representa um aumento de 77% em relação ao mesmo período do ano passado. A tendência é que até 2015 a maioria das vendas seja de aparelhos com acesso à internet e outros benefícios.
Esses dados são tão significativos quanto os divulgados pela Anatel que mostravam existir mais aparelhos celulares do que pessoas no país. Projetos como este e o do arquiteto nova-iorquino podem mudar o futuro dos orelhões?

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Entenda um pouco mais sobre os sonhos



O que você sonhou nessa noite?


Não precisa se esforçar, isso não tem tanta importância. Segundo o psiquiatra americano Allan Hobson, da Universidade Harvard, os nossos sonhos são só um filme de ficção que o cérebro usa como treino para a realidade, aquela que começa quando você acorda. E tanto faz se essa ficção é boba, assustadora ou embaraçosa - o que importa mesmo é o exercício.






Por que sonhamos?
Sonhos nos preparam para o estado de alerta em que entraremos quando acordarmos. Eles reprogramam o cérebro e atualizam nossa capacidade de nos mover, pensar, sentir. São como exercícios que você pratica por pelo menos uma hora e meia a cada noite, durante a fase REM do sono. Quando começamos a dormir, o cérebro diminui sua atividade, mas volta à ativa justamente na fase REM. E aí o cérebrotem de recriar sozinho os estímulos do ambiente que receberíamos acordados. 

É como um treino para o dia seguinte, então?
Isso, um treino para a vida. É um estado de consciência, que eu chamo de consciência primária. A secundária é a que temos acordados - ficamos conscientes do mundo exterior e de nós mesmos, temos memória e organizamos pensamentos. Ao sonhar também somos conscientes: temos percepções e emoções, só não reconhecemos que aquilo é um simulacro. É parecido com o que acontece com os bebês. Antes de nascermos, temos um tipo de consciência primária, que também organiza nossos neurônios e estabelece conexões para nos preparar para o futuro. 

Mas os sonhos não estão ligados ao inconsciente?
Não. Essa conclusão vem da nossa dificuldade para lembrar dos sonhos. Mas essa dificuldade está ligada à química do processo de ativação cerebral, que muda durante o sono. Quando dormimos, certas substâncias que atuam na comunicação entre os neurônios são desligadas. Nossa memória é dependente delas, e por isso a maior parte dos sonhos não é registrada. Mas sonhar é, sim, um processo do consciente. 

Então dá pra dizer que Freud estava errado?
Não dá para concluir isso. Muito do que sabemos agora sobre o funcionamento do cérebro Freud não tinha como saber em sua época. Hoje entendemos a base fisiológica do sonho, o que, por exemplo, não significa que os sonhos não tenham significado psicológico, como Freud dizia.

E eles têm?
Até onde sabemos, só uma pequena parte dos sonhos têm a ver com as nossas experiências. Muito deles é determinado pelo cérebro - ele não sabe se você será atacado ou seduzido amanhã, e por isso precisa se preparar para tudo. Por isso lembrar-se dos sonhos não é tão importante. É como uma caminhada: você não se lembra de cada passo que deu, mas o corpo sabe que se exercitou. 

Você tem algum sonho recorrente?
Sim. Estou andando de bicicleta em Londres e tenho na garupa uma tesoura de poda de árvore. Por que uma podadeira? Freud diria que tem a ver com castração ou ansiedade. Mas provavelmente é só uma lembrança que está no meu cérebro e emerge numa combinação aleatória, por motivos que não entendemos completamente.


fonte: revista super interessante

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Criança e televisão


Criança e televisão

  

Num país em que as crianças passam cada vez mais tempo em frente à televisão, se faz necessário discutir a respeito dessa relação Criança-TV.

Todos os dias, a cena se repete: ao voltar da escola, a criança larga a mochila no chão e, em seguida, liga a TV. Temos que salientar que não é hábito somente das crianças, todos nós estamos muito ligados à televisão. É importante considerar que ela nos mantém informados e é um avanço tecnológico imensurável.

Segundo dados do IBOPE, as crianças brasileiras passam em média 5 horas diárias em frente da TV e assistem aproximadamente 40 mil propagandas em 1 ano.

A criança tem normalmente uma atitude passiva vendo TV, não lhe é exigido nenhum esforço mental, nenhum trabalho criativo, enfim, ela não precisa nem pensar.

A TV proporciona companhia imediata e mecânica. Não é mais preciso chamar o amiguinho da rua, não existe relacionamento, também não é preciso criar nada, as coisas já vêm prontas. Diante disso, vemos crianças apresentando problemas de coordenação motora ampla e fina, problemas para escrever e dificuldades para manter atenção e concentração nas atividades escolares.

A criança tem necessidade de desenvolver as habilidades próprias da natureza humana, ou seja, interagir com as pessoas com as coisas que a natureza oferece e, através dessa interação, desenvolver-se.

A primeira infância é marcada pela fragilidade de suas estruturas de personalidade ainda em formação. Até os 4 anos, a criança não consegue diferenciar propagandas de programas, e, conforme as pesquisas, bastam 30 segundos para uma marca influenciá-la. Enquanto assistem a programas infantis veiculados pelas emissoras de TV, nos intervalos comerciais, a educação para o consumismo vai se instalando de forma poderosa.

Não podemos confundir o sentido da vida e da felicidade com consumismo. Temos que analisar qual a influência de tal exposição na subjetividade de uma criança. Darcy Ribeiro, um dos maiores educadores do Brasil, dizia: “Enquanto num turno a escola educa, no contraturno a TV deseduca”.

Qual infância estamos construindo hoje? Temos que cuidar da atenção da criança, eis algumas orientações:
·        Em ambientes onde encontram-se crianças menores de 4 anos brincando, mantenha os aparelhos de TV desligados.
·         Lembre-se que a atenção periférica nas crianças pequenas é bastante apurada, mais até que a dos adultos. Enquanto brincam no canto da sala, vão assimilando e absorvendo o que acontece ao seu redor.
·        Os olhos e os ouvidos das crianças pequenas são muito sensíveis, portanto, não é conveniente assistir dramas, coberturas sensacionalistas de tragédias humanas e até propagandas.
·        É recomendável que a criança tenha acesso a TV somente após completar 4 anos e com a presença de um adulto para orientá-la.
·        Recorra a vídeos e DVDs para distrair as crianças pequenas. Nesta fase, sentem prazer na repetição e é importante para a suaaprendizagem. Desenhos lúdicos, vistos moderadamente, estimulam a criatividade e a fantasia.
·        É fundamental organizar os horários para assistir e fazer da TV uma forma de lazer. É importante que os pais estejam atentos para o que os seus filhos estão vendo na TV ou na Internet e quanto tempo demoram nessas atividades.
·        Proibir os filhos de assistir TV não é conveniente. O que se pode fazer é participar comentando sobre os programas com seus temas, enfim, estimular uma atitude crítica.

Cabe aos pais ou responsáveis tomar atitudes positivas e coerentes no sentido de evitar o uso indiscriminado da televisão por seus filhos. Não é uma tarefa fácil. Faz-se necessário cuidar da saúde, física, intelectual e principalmente ética, espiritual e emocional das futuras gerações.

Passar o maior tempo possível com seu filho, um tempo de qualidade, é determinante! A primeira infância passa rapidamente e o tempo, a atenção e o carinho,  doados nestes anos iniciais, irão acompanhá-los por toda a vida.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Como lidar com a ansiedade na infância


Ansiedade na infância


Sempre que temos que enfrentar algo novo, desafios que a sociedade nos impõe ao longo da vida, o sentimento de apreensão, insegurança, preocupação e medo aparecem, causando uma sensação de desequilíbrio.

Esse desconforto frente aos novos desafios, muitas vezes, acometem a pessoa com sensações físicas, como respiração acelerada, palpitações, dor no peito e falta de ar.

A ansiedade está presente em diferentes fases da vida. Nos bebês, quando da transição da separação de sua mãe nos seus primeiros anos de vida, podemos observar essa ansiedade pelas fases de muito choro. Para viver esse período de maneira mais harmônica, a mãe pode utilizar diversas estratégias para garantir a confiança do seu bebê, como, por exemplo, valorizando a sua presença; atendendo às necessidades básicas imediatas, como a alimentação, trocas e afagos, fazendo com que, gradativamente, a criança vá se tornando independente.

O exercício do afastamento da mãe em pequenos intervalos e com pequenas esperas aumenta o grau de tolerância à frustração e prepara a criança para a separação. Muitas vezes, esse espaço vazio é preenchido com objetos de estimação, como um ursinho, uma boneca ou fralda. Mais tarde, aprendendo a brincar com as outras crianças e com as experiências culturais do grupo na escola, a criança vai ficando segura e independente.

Quando o grau de dificuldades é maior nesses rituais de passagem, são necessários apoios e medidas médicas ou psicológicas, como estratégias de ajuda. Podemos perceber essa angustia já nos primeiros meses do bebê, quando da entrada para a escola, na adolescência, na busca do primeiro trabalho e sempre que tivermos que enfrentar algo novo. Sabemos que o nível de exigências com as crianças, demandando excessivo compromisso antecipado a sua idade, pode gerar reações físicas mais agravantes, como vômito, dores de cabeça, febre etc.

Uma vida mais harmoniosa e mais equilibrada permite que a criança passe esses períodos de enfrentamento com a realidade de forma mais tranquila, ativa e realística. Orientações e apoios são necessários em diferentes momentos da vida da criança. Devemos deixar que a criança vivencie suas novas etapas, seus avanços e suas experiências, sempre de um modo saudável e em um clima de descobertas e alegrias.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Saboreando e aprendendo uma alimentação saudável



Saboreando e aprendendo uma alimentação saudável


  
A formação dos hábitos alimentares no ser humano é muito importante e começa muito cedo. É preciso lançar mão de boas doses de persistência e de criatividade. 

É comum a criança aceitar novos alimentos apenas após algumas tentativas, portanto, não podemos parar nas primeiras experiências. O que pode parecer rejeição aos novos alimentos é resultado do processo natural em conhecer novos sabores e texturas e da própria evolução da maturação da criança.

A mãe deverá lembrar que o processo de alimentar inclui aprender a deglutir líquidos, alimentos pastosos e, posteriormente, os sólidos. Os alimentos devem ser oferecidos separadamente, para que a criança aprenda a identificar as suas cores e sabores.

As preferências dos pequenos têm de ser respeitadas, mas o melhor é criar bons hábitos. Eis algumas dicas:

·        Organizar uma rotina, com horários para as refeições, em ambiente tranquilo.
·        
 Eliminar a substituição da comida por beliscadas antes ou depois das refeições. É conveniente deixar espaço entre as refeições para estimular o apetite.

·        Desde cedo, a criança deve acostumar-se a comer alimentos variados.
·        Apresentar as frutas em pratinhos diferentes: só frutas vermelhas, só verdes, alternando os horários, lembrando que a criança come sensorialmente com os olhos, com o olfato e principalmente pelo tato.
·        Apresentar os alimentos em forma de desenhos. Nada complicado: pode ser um círculo ou uma espiral com ervilhas frescas.
·      
  Oferecer as comidas que as crianças gostam preparadas de forma mais saudável. Por exemplo: troque a batata frita por batata assada.

·        Colocar as porções de cada alimento no prato, sem misturá-las.
·        Preparar verdura (brócolis, couve-flor…) cozidos em forma de arvorezinhas, temperá-las e oferecê-las para a criança comer sozinha pegando com as mãozinhas.

·        Apresentar os alimentos em forma de sucos ou adicionando nas gelatinas.
·        É recomendável dar preferência por frutas e legumes orgânicos.
·        
Nas sopas de legumes, o melhor é amassar os ingredientes com o garfo, sem passar pelo liquidificador ou pela peneira, para conservar as fibrasdos alimentos.

Os pais ou responsáveis pelas crianças são exemplos para elas. É importante que eles também consumam alimentos saudáveis com frequência.

Quando a criança adoece, é comum a inapetência, por isso, não é recomendável forçá-la a comer. Seu apetite voltará quando melhorar.

Sabemos que todos os cuidados para a saúde das crianças devem ser contemplados desde o pré-natal. Após o nascimento, o acompanhamento pediátrico é essencial para o bom desenvolvimento da criança.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

As 10 brincadeiras de rua quase extintas


As 10 brincadeiras de rua quase extintas


As brincadeiras de rua mais populares pela geração dos anos 80 e 90 estão quase extintas. Hoje, com os jogos eletrônicos e a insegurança das grandes cidades, elas estão esquecidas.  Por isso, vamos relembrá-las, para quem sabe  após ler esse post você organizar um grupo para jogar taco ou stop com os amigos na rua.

Jogo da verdade ou consequência

Bastava surgir alguma fofoca para esta brincadeira entrar em evidência. Era polêmica pura na rua. São poucos os que admitem, mas o interesse maior era na consequência que quase sempre era um selinho no menino (ou menina) mais bonito (a) da turma, não é?

Stop
O jogo era o favorito nas tardes ociosas, lembra? Bastavam duas pessoas, uma folha de caderno, lápis e pronto estava “armada” a pequena competição. A brincadeira também conhecida como “uestópe” ou “adedanha”, é um jogo onde desenha-se uma tabela em um papel para cada jogador. Cada coluna recebe o nome de uma categoria de palavras como animais, automóveis, nomes, cores, minha sogra é etc. Cada linha representa uma rodada, onde é feito um sorteio para decidir qual letra do abecedário irá valer para preencher as categorias.

Polícia e Ladrão
Corrida frenética, bandidos na prissão e não vale guardar caixão. Essa era a evolução do pega-pega.

Pega-Pega

Esta brincadeira consiste em uma das crianças ser o “pegador”. A pessoa que ela tocar primeiro e pegar, será a próxima a ser o próximo “Pegador”. Tem também o “pique”, onde quem está fugindo pode tocar e ficar protegido de ser pego. A brincadeira só termina quando todas as crianças forem pegas.

Cabra-cega

Forma- se uma roda e uma criança é escolhida para fica vendada no centro de todos. Ela gira três vezes e tenta pegar alguém que está na roda. Quando, a criança que estiver vendada, descobrir quem é a criança que ela pegou e dizer seu nome, essa passa a ser a próxima a ser vendada.

Esconde-esconde

Uma criança é escolhida por sorteio, ela se vira para uma parede, conta até trinta e as outras vão se escondendo.Ela tem que encontrar as crianças e correr até a parede e bater dizendo o nome da criança que ela encontrou. A primeira que ela encontrar será a próxima que vai procurar as outras. Nessa mesma parede é o pique, o local onde crianças que não foram encontradas podem bater um, dois, três e ficar livre de ser a próxima a ter que procurar quem se esconde.

Queimada
Divididos em dois times, grandes grupos de crianças suam a camisa (correndo o tempo todo) com o objetivo de eliminar os adversários com boladas e fugir das tentativas deles de eliminá-los.

Taco

Vamos ver se consigo explicar a brincadeira, é assim: no jogo as equipes são formadas por 2 integrantes cada, ficando um de cada equipe junto a “cela”. Enquanto uma equipe está com o taco, a outra fica com a bola. O objetivo do jogo é cruzar (ou bater) os tacos, a equipe que bater os tacos na quantidade pré-estabelecida primeiro ganha o jogo, mas para isso tem que rebater a bola arremessada pela equipe adversária ,que tem o objetivo de derrubar a cela. Quando a cela é derrubada a equipe que está com a bola passa a ficar com o taco. Lembrou?

Rouba Bandeira

O jogo funciona assim: cada equipe coloca a sua bandeira no centro da linha de fundo do campo adversário. O objetivo é recuperar a bandeira sem ser tocado. Quem for pego fica parado no lugar até que um colega de equipe se arrisque a salvá-lo. Para isso, basta tocá-lo. Assim, ele fica livre para voltar ao jogo.
Amarelinha

A amarelinha é uma das brincadeiras de rua mais tradicionais do Brasil. Talvez seja pelo fato de a brincadeira ser tão fácil (e divertida) de brincar. Não são precisos aparelhos ou acessórios caros. Dá para pular dentro de casa, no quintal, na rua, na escola… Basta usar o chão, ter algo para desenhar o riscado e um objeto pequeno para marcar as “casas”. A pedra é lançada na primeira casa e o jogador deve percorrer o trajeto do traçado pulando, evitando o quadrado onde a pedra caiu. A sequência se repete enquanto a pedra avança de casa em casa e o grau de dificuldade aumenta.

fonte: maisestudo