Ansiedade
na infância
Sempre que temos que enfrentar algo
novo, desafios que a sociedade nos impõe ao longo da vida, o sentimento de
apreensão, insegurança, preocupação e medo aparecem, causando uma sensação de
desequilíbrio.
Esse desconforto frente aos novos
desafios, muitas vezes, acometem a pessoa com sensações físicas, como
respiração acelerada, palpitações, dor no peito e falta de ar.
A ansiedade está presente em
diferentes fases da vida. Nos bebês, quando da transição da separação de sua
mãe nos seus primeiros anos de vida, podemos observar essa ansiedade pelas
fases de muito choro. Para viver esse período de maneira mais harmônica, a mãe
pode utilizar diversas estratégias para garantir a confiança do seu bebê, como,
por exemplo, valorizando a sua presença; atendendo às necessidades básicas
imediatas, como a alimentação, trocas e afagos, fazendo com que,
gradativamente, a criança vá se tornando independente.
O exercício do afastamento da mãe em
pequenos intervalos e com pequenas esperas aumenta o grau de tolerância à
frustração e prepara a criança para a separação. Muitas vezes, esse espaço
vazio é preenchido com objetos de estimação, como um ursinho, uma boneca ou
fralda. Mais tarde, aprendendo a brincar com as outras crianças e com as experiências
culturais do grupo na escola, a criança vai ficando segura e independente.
Quando o grau de dificuldades é maior
nesses rituais de passagem, são necessários apoios e medidas médicas ou
psicológicas, como estratégias de ajuda. Podemos perceber essa angustia já nos
primeiros meses do bebê, quando da entrada para a escola, na adolescência, na
busca do primeiro trabalho e sempre que tivermos que enfrentar algo novo.
Sabemos que o nível de exigências com as crianças, demandando excessivo
compromisso antecipado a sua idade, pode gerar reações físicas mais agravantes,
como vômito, dores de cabeça, febre etc.
Uma vida mais harmoniosa e mais
equilibrada permite que a criança passe esses períodos de enfrentamento com a
realidade de forma mais tranquila, ativa e realística. Orientações e apoios são
necessários em diferentes momentos da vida da criança. Devemos deixar que a
criança vivencie suas novas etapas, seus avanços e suas experiências, sempre de
um modo saudável e em um clima de descobertas e alegrias.
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