terça-feira, 26 de junho de 2012

As profissões mais promissoras do mercado


Você sabia que as carreiras mais promissoras são atualmente para os profissionais com maior conhecimento específico de uma área, aliando habilidades técnicas e criatividade ?


Foto: Marcos D'Paula
Foto: Acima, uma plataforma petolífera. A carreira como Engenheiro de petróleo é considerada com uma das mais promissoras, conheça as outras!
Acima, uma plataforma petolífera. A carreira como Engenheiro de petróleo é considerada com uma das mais promissoras, conheça as outras!

Como escolher as carreiras mais promissoras dos próximos vinte anos? Uma resposta pode ser encontrada no mais abrangente estudo já realizado sobre o assunto, The Shape of Jobs to Come (Como serão os empregos, em tradução livre), concluído no ano passado pela consultoria inglesa FastFuture, com o patrocínio do governo britânico. A pesquisa apontou 110 carreiras cujo ponto em comum é o fato de serem fundamentadas e terem surgido na esteira da inovação e dos avanços científicos. A maior parte delas se concentra em áreas como internet, meio ambiente, demografia e tecnologia. O estudo considera que, devido às características próprias, essas carreiras representam uma ruptura na tradição do trabalho, um verdadeiro "novo emprego". Para ocupá-lo, é preciso ser especialista, ter conhecimento específico e profundo de uma determinada área. Coisa que não significa, necessariamente, exibir um diploma ou um curso de pós-graduação, ainda que a formação universitária seja o mínimo necessário na maioria das atividades. 

A especialização pode muito bem ser decorrente da experiência, do talento e da capacidade de cada um para encontrar soluções originais em um mundo cada vez mais embaralhado. Escolhido neste ano uma das 100 pessoas mais influentes do mundo pela revista Time, o finlandês Peter Vesterbacka é uma estrela em ascensão desse "novo emprego". Ele largou um cargo na Hewlett-Packard, o gigante dos computadores, para tentar ganhar a vida com seu hobby, o desenvolvimento de games. Com 200 milhões de downloads em smartphones e tablets em pouco mais de um ano, seu jogo Angry Birds o transformou numa celebridade digital. E também em um homem rico. 

O novo emprego é um híbrido dos extremos profissionais do século passado. Os títulos atuais tendem a ser referência a atividades tipicamente intelectuais (técnico, especialista, analista), mas quase sempre envolvem executar tarefas com as próprias mãos, como os operários numa fábrica. Um desenhista de animação em 3D, para citar como exemplo uma nova atividade na qual os brasileiros se destacam, realiza um trabalho basicamente cerebral, criativo, mas necessita de habilidade manual e conhecimento técnico para se utilizar do computador e de programas gráficos de última geração. A expansão em ritmo acelerado e, sobretudo, a modernização da economia brasileira abriram espaço no país para as "novas profissões". Abrir espaço, por sinal, é uma imagem pobre para descrever as imensas dimensões do fenômeno. O Brasil criou 2,8 milhões de empregos formais no ano passado, quase o dobro do recorde anterior, de 2007. Prevê-se que fechará este ano com o acréscimo de outro 1,9 milhão de vagas. Desse total, 1,2 milhão não será preenchido por absoluta escassez de candidatos com a qualificação necessária. 

Duas pesquisas recentes - uma da Confederação Nacional da Indústria, com 1 616 empresas, e outra da Fundação Dom Cabral, com as 130 maiores companhias do país - revelaram que a dificuldade em contratar é um problema sério em sete de cada dez empresas brasileiras. Isso decorre, em parte, da deficiência da educação nacional, uma ferida que só o tempo e boas políticas podem sanar. O maior abismo, contudo, é consequência direta do enorme apetite das empresas brasileiras por especialistas nas "novas profissões". VEJA escolheu vinte dessas profissões para ser analisadas de perto. Parte delas consta da relação elaborada pelo estudo inglês, e o critério adotado na seleção final foi objetivo: a existência de demanda no Brasil para cada uma dessas profissões.

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